Marketing no seguro rural: o papel estratégico das seguradoras
- Info Seguro Rural

- 24 de jul.
- 3 min de leitura
Falta marketing no seguro rural? Confira o papel das seguradoras nesse cenário.
Por: Info Seguro Rural | 24.07.25

Mesmo diante de todos os desafios, o seguro rural brasileiro avançou consideravelmente em termos de área segurada e capilaridade nas últimas duas décadas. No entanto, ainda é considerado um produto secundário no planejamento dos agricultores.
Enquanto sementes, fertilizantes e defensivos são adquiridos sem hesitação, o seguro agrícola ainda é visto como opcional ou mera despesa adicional. Mas qual é a razão para isso? Uma parte significativa dessa resposta reside no marketing, ou melhor, na sua ausência e no papel estratégico que, na visão de alguns especialistas, as seguradoras não têm assumido.
1. Seguro rural não é apenas produto financeiro
O seguro agrícola deveria ser apresentado como instrumento estratégico de gestão de riscos, tão essencial quanto qualquer insumo produtivo, pois protege investimentos de milhões contra, principalmente, riscos climáticos.
Dados que evidenciam o problema:
Apenas 8% da área cultivada no Brasil possui seguro agrícola, apesar de sermos um dos principais produtores do mundo.
Nos EUA, mais de 90% da área agrícola tem seguro, pois lá ele é vendido como parte do pacote de gestão de riscos e produtividade, não como produto financeiro isolado.
2. Falha estrutural de marketing nas seguradoras?
Enquanto empresas de insumos investem pesado em relacionamento, demonstração de resultados e construção de valor percebido, as seguradoras seguem focadas em:
Campanhas técnicas e frias;
Apresentação de números de sinistralidade;
Divulgação de seus “posicionamentos de mercado” como principal argumento, sem traduzir isso em benefícios reais;
Exemplos práticos:
Fertilizantes: vendidos como ferramenta de aumento de produtividade.
Sementes: vendidas por performance genética e resistência.
Seguro agrícola: vendido sem narrativa clara de proteção financeira ou continuidade produtiva.
Conclusão prática: o seguro agrícola deve ser apresentado como uma ferramenta essencial de proteção financeira e continuidade produtiva, traduzindo dados complexos em benefícios reais, tangíveis e relevantes para o dia a dia do agro.
3. Qual o papel estratégico das seguradoras nesse cenário?
Reposicionar o seguro como solução de gestão de risco:
Integrar marketing e comercial com conteúdo educativo aplicado, que traduza prêmio, produtividade e rentabilidade em linguagem prática ao produtor.
Construir campanhas de valor, não apenas de preço ou dados de mercado.
Criar provas sociais com casos reais de produtores que permaneceram na atividade graças ao seguro em anos de quebra de safra.
Mudar o discurso e sair do óbvio.
4. Reflexões provocativas para as seguradoras

Os corretores credenciados conseguem explicar minimamente, questões como a relação entre prêmio, produtividade e rentabilidade em linguagem simples ao produtor? Ou seja, são especialistas?
Quantas seguradoras investem em marketing baseado em dados regionais de clima, produtividade e mercado, como as empresas de sementes fazem?
Quantas campanhas mostram emoção, segurança familiar e continuidade do negócio, em vez de apenas taxas e cláusulas contratuais ou informações gerais?
5. Caminhos práticos para o marketing estratégico no seguro rural
Algumas sugestões:
Reposicionamento de marca: mais voltado para o universo agro.
Conteúdo técnico de campo: mais visitas práticas, menos PDFs teóricos.
Storytelling com casos reais: mostrar produtores que não faliram graças ao seguro.
Integração comercial: quem sabe dar mais prioridade e incentivo aos corretores de seguros.
Marketing educacional: webinars, podcasts, são uma excelentes para esse objetivo.
Conclusão
O seguro rural é instrumento estratégico de gestão de riscos, essencial para a continuidade da produção agrícola brasileira. Se as seguradoras desejam ampliar o mercado, precisam assumir seu papel estratégico no marketing, parar não apenas vender seguro, mas começar a vendê-lo como solução real de proteção de receita, margem e sobrevivência do produtor.
Em um agro cada vez mais desafiador, não é somente, o produtor que precisa do seguro, é o agronegócio brasileiro que precisa de seguradoras que cumpram seu papel estratégico de forma completa, prática e alinhada às necessidades reais do setor.
Na sua visão, o que as seguradoras poderiam fazer de diferente no marketing para tornar o seguro rural mais valorizado pelos produtores? Compartilhe suas ideias e experiências nos comentários. Sua opinião pode inspirar soluções reais para o mercado!
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